sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010


Importância da CERCI Lisboa no Apoio Domiciliário

Uma das vertentes da CERCI Lisboa é o SAD (Serviço Apoio Domiciliário) efectuado diariamente.
Este é gerido pela directora técnica desse serviço Ana Clara Andrade, que tem o curso de Serviço Social.
- “Na faculdade influenciada por um professor de quem gostava muito e que viria a ser o meu orientador de estágio, tive vontade de trabalhar com meninos de rua e jovens com deficiência. Assim naturalmente pesquisando organizações vim parar à Cerci.”- revelou-nos a Dra Ana Clara Andrade.
Este serviço nasceu da necessidade de responder aos pedidos que eram feitos por hospitais, particulares, centros de saúde e outros serviços.
- “Quando verificamos que são cumpridos os requisitos mínimos para podermos prestar o apoio, fazemos a primeira visita domiciliária, onde é feita a entrvista de avaliação de diagnóstico. Havendo capacidade de resposta para a necessidade da pessoa, reune-se documentos e contratos, explica-se o regulamento do serviço e apresenta-se AAD (agente de acção domiciliária) que prestará o apoio diariamente.
Segundo Clara Andrade – “Outra parte deste trabalho implica a supervisão do atendimento realizado pelas AAD junto dos beneficiários do serviço, bem como fazer horários ajustados às necessidades dos clientes e á mediação na resolução de problemas.”
O SAD é realizado em rede, partilhando responsabilidades com outras organizações similares e serviços de saúde, pelo que se participa nas reuniões e trabahos desenvolvidos pelos grupos dos SAD’S programando acções de formação (para as AAD e famílias) e aferindo respostas complementares para tornar os serviços mais eficazes.
Em relação aos portadores de Deficiência o SAD apoia quer estes, quer as suas famílias, dando informações, encaminhando-as quando necessário na procura de respostas às suas necessidades em áreas divresificadas como: educação, emprego, formação profissional, seguranaça social e acção social, ajudas técnicas e acessibilidade, entre outras vertentes da reabilitação. O SAD também lhes presta apoio domiciliário quando os deficientes, por razões de saúde e debilitação têm que ficar em casa.
Uma das grandes dificuldades deste trabalho são os horários: -Sendo um trabalho de “uma AAD para um cliente” na falta de uma delas as restantes têm que se “desdobrar” para fazer o apoio calendarizado. Isso significa muitas vezes repensar horários, mesmo ao final do dia, ao fim de semana e por vezes na manhã do próprio apoio.”
Também segundo Ana Clara e as suas colaboradoras – “Este é um serviço que acaba por ir muito mais além da prestação de bem-estar e cuidados de higiene às pessoas: dependentes ie idosos, estão muitas vezes isolados nas suas casas e essencialmente precisam de quem as ouça.”
Por outro lado, uma vez que ao longo do tempo acompanham o degradar das capacidades físicas, mentais e psicológicas das pessoas – “Por vezes não é fácil estar ao lado delas nesta fase final da sua vida.”
Para finalizar, Ana Clara acrescenta: “A experiência neste serviço tem sido muito positiva, na medida em que me tem permitido não só – “Alargar horizontes em termos profissionais mas também aprender muitas coisas aplicáveis na minha vida pessoal, nomeadamente estar mais atenta às necessidades dos idosos que me rodeiam, coisa que eu sinto que antes não fazia. Além disso sinto que “ganhei” uma maior sensibilidade que me permmite estar mais atenta às barreiras existentes à nossa volta e que tantas vezes nos passam despercebidas pela vida “normal” a que a maioria de nós tem acesso.”
Embora este serviço seja de louvar e imprescindivel na sociedade actual, ainda não lhe são dados os relevos e apoios necessários...

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